Com o objetivo de conscientizar alunos do Ensino Fundamental entre 8 e 16 anos sobre a importância da responsabilidade de cada um para transformar o planeta em que vivemos em um lugar cada vez melhor, a economista Luciana Chinaglia Quintão, fundadora da ONG Banco de Alimentos, e a Prefeitura Municipal de São Paulo firmaram uma parceria visando atingir 150 mil alunos dos 58 Centros Educacionais Unificados (CEUs) na capital paulista, com a exibição gratuita da série audiovisual “Nossa Casa, Nosso Planeta”. O lançamento da série será no dia 13 de abril, às 19h, no espaço Hub Green Sampa (Rua Sumidouro 580, Praça Victor Civita, São Paulo).
Apresentado pela VR através do Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo e realizado pela agência Donna Cultural, o projeto Nossa Casa, Nosso Planeta consiste na produção e exibição de oito vídeos, entre 3’ e 5’ cada, abordando temas como aproveitamento integral dos alimentos, cuidados com a água, mudanças climáticas, reciclagem e consumo consciente, desigualdade social e distribuição de renda e responsabilidades do governo junto à sociedade.
De acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil desperdiça anualmente cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos, desperdício este que poderia em grande parte ser evitado, para que o alimento pudesse chegar ao prato daqueles que mais precisam. Mudar esta realidade depende da capacidade de todos nós de evitar não só o desperdício de alimentos, mas de cuidar da água, reciclar, aproveitar integralmente os alimentos, combater a desigualdade e as mudanças climáticas. É possível atuar na base da sociedade para construir um futuro que garanta o bem de todos.
Os vídeos foram elaborados com base no conceito de Inteligência Social, no livro “Inteligência Social — A perspectiva de um mundo sem fome(s)”, de autoria de Luciana, segundo o qual construir um mundo melhor é colocar em prática o poder de cada ser humano, de forma coletiva e em rede, como célula construtora de uma sociedade mais justa e acolhedora para todos. “Utilizar de forma inteligente os recursos disponíveis para o bem comum significa não apenas combater a fome de comida, mas outras fomes como moradia, saúde e habitação. Acredito que a transformação da sociedade se concretizará por meio de soluções inovadoras que integrem as empresas, o poder público e as camadas carentes da sociedade. Neste sentido, levar estes conceitos para as escolas é como se fosse uma semente plantada para formar futuros cidadãos conscientes e responsáveis”, afirma Luciana, que há 25 anos combate a fome e o desperdício de alimentos na ONG Banco de Alimentos, iniciativa pioneira na sociedade civil.
A série é parte do Projeto Inteligência Social, braço da ONG Banco de Alimentos na área da educação. Enquanto a ONG Banco de Alimentos visa combater a fome hoje, o Projeto Inteligência Social busca evitar que haja fome no futuro.
A iniciativa deve ter início no 1º semestre na rede dos CEUs e já ganhou o apoio de especialistas, como a renomada psicóloga Maria Elci Spaccaquerche, da FIA/USP, considerada uma das principais autoridades em consultoria de carreiras para jovens no Brasil. “Trata-se de um projeto ousado por abordar a inteligência social por focar no jovem e na criança trazendo no seu bojo a tecnologia e a informação adequada, o que possibilita a transformação nas mudanças de hábitos da sociedade das futuras gerações”, afirma. Além dos vídeos, o projeto contempla palestras e workshops nos CEUs ministrados pela ONG Banco de Alimentos.
“O apoio a este projeto reforça nosso propósito de oferecer uma melhor qualidade de vida e bem-estar à população, por meio do acesso à informação e formação de hábitos saudáveis. O cuidado com a alimentação faz parte da essência da VR, e poder conectar estudantes a uma experiência de conscientização sobre a importância do reaproveitamento integral dos alimentos, e boas práticas que podem ser adaptadas no dia a dia, é um orgulho para nós,” afirma João Altman, diretor-executivo de Pessoas, Marca e Cultura da VR.
Segundo Marisa Manfredini, CEO da Donna Cultural, o projeto tem potencial de alcançar 100.000 escolas de Ensino Fundamental e Médio no território nacional. Além das escolas públicas, o projeto será disponibilizado para canais de TV e plataformas educacionais. A produção executiva dos vídeos coube à produtora Rosa Jonas e a direção ficou a cargo do diretor Guilherme Simas.