Magdalena Carmem Frida Kahlo Y Calderon, nascida e criada no México, é uma menina que traz em uma de suas pernas as marcas de uma grave doença. Por conta disso, sofre com brincadeiras de mau gosto e com a solidão; mas não deixa de ser uma criança espevitada e ativa. Às vésperas do Dia dos Mortos, uma animada festa do México, a arredia e arisca Magdalena se envolve em uma grande confusão e corre o risco de arruinar a mais tradicional festa de seu país.
Na história, que se passa na véspera do Día de Los Muertos (uma importante celebração mexicana que acontece no dia 2 de novembro e corresponde ao Dia de Finados no Brasil), Magdalena (Frida) tem a difícil tarefa de salvar a festividade depois de causar um enorme acidente e para isso, conta com a ajuda de Miguel, um menino que é conhecido por todos pelo seu jeitão diferente e hábitos peculiares, como o de caçar morcegos e aranhas; por exemplo. Miguel é filho de Dona Consuelo, a zeladora do cemitério, e por isso mora lá. Magdalena também possui suas diferenças. Traz consigo, em sua perna direita, as marcas de uma grave doença que teve aos seis anos; doença essa que a obriga a se superar e se manter hábitos bem distintos de outras meninas de sua idade e época, como andar de bicicleta, lutar boxe, jogar futebol etc. O acidente causado por Magdalena, põe em risco uma parte
importante de um ritual que consiste em preparar a entrada dos parente e amigos que já se foram ao mundo dos vivos; e sem isso a festa mais tradicional e conhecida do México não poderia acontecer naquele cemitério!
A peça parte da infância da pintora mexicana Frida Kahlo para contar aos pequenos uma história sobre aceitação, superação e respeito às diferenças, além de temas que, hoje, cada vez mais, estão ligados à figura da artista, como igualdade de gênero e empoderamento feminino. O espetáculo estreia dia 4 de agosto, sábado, às 17h30, no Teatro Alfa.
O desafio da dupla em Pequena Magdalena foi entender quais elementos da vida de Frida Kahlo ocorridos na infância foram decisivos para ela se estruturar como artista já na vida adulta. As dificuldades de saúde, iniciadas com a poliomielite que causou uma lesão em seu pé direito aos seis anos, foram observadas pela dupla para abordar com os pequenos a importância do respeito
ao próximo. “Frida era chamada pelos colegas da escola de pata de palo (perna de pau) e isso criou uma dificuldade para ela se relacionar com outras crianças, um dos motivos pelos quais ela se tornou uma mulher muito arredia e arisca. Lidar com as limitações como um problema que devia ser
superado foi a postura durante toda a vida. Isso é algo que reforçamos na peça”, diz Luciana.
Miguel e Dona Consuelo são duas personagens que não existiram de verdade, mas que representam pessoas que cercaram a artista. Guillermo, o pai de Frida, é a única figura além dela que realmente existiu. “Ele era um grande apreciador da cultura mexicana, apesar de ser alemão. Valorizava muito o
país que o acolheu, e chegou a alterar seu nome de Wilhelm para Guillermo quando se mudou para o México para facilitar a pronúncia no país”, conta Victor.
O ator complementa que Guillermo foi essencial para o desenvolvimento artístico e pessoal de Frida Kahlo. “Quando pequena, ele a incentivava a praticar exercícios e aceitava sua forma pouco convencional de expressar, como por exemplo em suas vestimentas. Quando, aos 18 anos sofreu um grave acidente de bonde, que a deixou meses na cama entre a vida e a morte, seus pais a incentivaram a pintar, fazendo uma adaptação em sua cama para que ela conseguisse alcançar o cavalete deitada. Vale ressaltar que Guillermo também foi pintor e fotógrafo”, diz. Na peça, as dores, tristezas e até a morte são tratados de uma maneira leve, como fatores que são invitáveis na vida e que
devem ser superados da melhor forma possível.
Sobre Frida Kahlo
Frida Kahlo (1907-1954) foi umas das mais importantes pintoras mexicanas do século 20. Embora tenha tido uma vida muito conturbada, desde saúde e relacionamentos, destacou-se por ser uma artista singular. Dona de um espírito revolucionário, militou no partido comunista mexicano e lutou pelos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo.
Espetáculo infantil Pequena Magdalena
Estreia dia 4 de agosto, sábado, às 17h30, na Sala B do Teatro Alfa.
Temporada: Sábados e domingos, às 17h30. Até 30 de setembro.
Duração: 55 minutos.
Classificação: Livre.
Indicado para crianças a partir
de 5 anos.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira para adultos) e R$ 20,00 (meia para crianças, estudantes e maiores de 60 anos).
Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722
Telefone (11) 5693-4000.
Site: www.teatroalfa.com.br Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377..
Acessibilidade – motora e visual.