Adolescência e meningite: saiba a importância da prevenção nesta faixa etária

Estamos acompanhando nos noticiários diversos casos de meningite meningocócica pelo país, principalmente em crianças. 1-3 Mas, embora muitos desconheçam, a doença pode acometer pessoas de todas as idades, inclusive adolescentes. 4 E, no mês em que se celebra o Dia do Adolescente, em 21 de setembro, é fundamental falarmos sobre como é essencial a vacinação desta faixa etária para a prevenção de doenças como a meningite meningocócica. 4-6,13

Causada pela bactéria Neisseria meningitidis – também chamada de meningococo –, a meningite meningocócica é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito em 24 horas. 4-6 Ela possui pelo menos 12 sorogrupos, sendo que seis deles são os mais comuns (A, B, C, W, X e Y). 12,14

Assim como acontece com outras doenças de transmissão respiratória, o meningococo pode ser facilmente transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas ou secreções respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo. 4-6 E um ponto de alerta é: até 23% dos adolescentes e jovens adultos podem ser portadores da bactéria causadora da meningite meningocócica e podem transmiti-la sem necessariamente desenvolver a doença. 7 O comportamento do adolescente é naturalmente um fator de risco para a transmissão da bactéria e por isso, a vacinação se torna tão importante para esse público. 4-6

Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, pós-graduada em imunologia e gerente de assuntos médicos de vacinas da biofarmacêutica GSK, explica: “As crianças menores de um ano de idade são as que têm maior risco de adoecer, no entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença. Eles podem transmitir a bactéria sem necessariamente desenvolver a doença, sendo chamados de portadores assintomáticos. E o estilo de vida e comportamentos dessa faixa etária podem propiciar ainda mais a transmissão da bactéria, como, por exemplo, compartilhar copos e objetos, algo tão comum entre os adolescentes. Por isso, a vacinação desta faixa etária é essencial para oferecer proteção direta para os adolescentes e, também, no caso dos sorogrupos A, C, W e Y, para diminuir a colonização e a propagação da bactéria entre a população”.

Principais formas de prevenção


De acordo com o Ministério da Saúde e as Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os adolescentes devem seguir o esquema vacinal recomendado para a idade. Diversas vacinas estão disponíveis na rede pública de saúde e na rede privada. 8-10

A vacina meningocócica ACWY está disponível gratuitamente nos postos de saúde para vacinação de rotina dos adolescentes de 11 a 12 anos, e temporariamente para adolescentes de 13 a 14 anos, até dezembro de 2023. A vacina meningocócica ACWY previne quatro sorogrupos diferentes que causam a doença. 10 Essa vacina também está disponível na rede privada para outras faixas etárias e é recomendada nos calendários das sociedades médicas da criança e do adolescente a partir dos 3 meses de idade. 8,9 Para a prevenção da doença causada pelo sorogrupo B, a vacina está disponível nas clínicas privadas e é recomendada pelas sociedades médicas para crianças e adolescentes a partir dos 3 meses de idade. 8,9

“Vale reforçar que o calendário vacinal está sempre mudando e incluindo novas vacinas. Devido à disponibilidade de vacinas, aumento de casos e alguns surtos, alguns estados do país ampliaram a vacinação contra a doença meningocócica C ou ACWY para adolescentes até 19 anos, grupos especiais e profissionais de saúde, por exemplo. Então, é essencial que o adolescente e os pais procurem um profissional de saúde para se informar sobre a situação vacinal e necessidade de completar doses faltantes. Caso o adolescente não tenha recebido alguma dose na infância, ou seja, não tenha sido vacinado na idade preconizada, é necessário atualizar a caderneta de vacinação o mais rápido possível”, alerta Ana Medina, que complementa:

“É importante mencionar também que alguns adolescentes podem ter sido vacinados na infância contra a meningite meningocócica causada pelo sorogrupo C, que foi disponibilizada no país pelo Programa de Imunizações para lactentes a partir do ano 2010 e para adolescentes de 11 e 12 anos a partir do ano 2017. Os adolescentes que foram vacinados com essa vacina na infância podem fazer o reforço na rede pública com a vacina ACWY se estiverem entre 11 e 12 anos de idade, ou atualizar a vacinação com as vacinas ACWY e B na rede privada, de acordo com esquema adequado para a idade e recomendação médica”.

Além das vacinas contra a meningite meningocócica, as redes pública e privada disponibilizam aos adolescentes vacinas contra diversas outras doenças. Alguns exemplos são as vacinas hepatite B, febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola (através da vacina tríplice viral), difteria, tétano e HPV, disponíveis nas redes pública e privada; e também as vacinas hepatite A, catapora, gripe, coqueluche, dengue e meningocócica B, disponíveis para o adolescente apenas na rede privada. 8-10

No caso da meningite meningocócica, outras formas que também podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos. 11

“Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica incluem febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, e podem ser facilmente confundidos com outras doenças infecciosas, como a gripe, por exemplo. Por isso, é essencial ficar atento aos sinais e, caso tenha piora dos sintomas ou o aparecimento de outros sinais como pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz, é preciso procurar um atendimento médico o mais rápido possível. Sem atendimento e tratamento médico adequados, há um maior risco da evolução da doença para quadros mais graves e óbito. Por conta da gravidade e rápida evolução, além das formas de prevenção, como não compartilhar objetos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar, a vacinação segue como a melhor forma de prevenção”, finaliza Ana Medina.

Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

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Ana Paula

Sou Ana Paula Alcântara Porfírio, trabalho em horário integral como mãe, sou casada, com um príncipe chamado Júnior, tenho dois filhos a Manuella e o Arthur, que fazem meus dias mais felizes!

Vou dividir com vocês nossos passeios, dicas de programas com crianças, experiências e sentimentos da maternidade!