Quando um filho está doente sofremos juntos, e isso piora quando vemos que a cura não é rápida.
Estamos há um ano com idas e vindas de crises de dermatite atópica graves com a Manuella. Há alguns anos ela tem crises de sinusite, e a rinite veio junto, culpa de uma mãe que sempre foi muito alérgica e que na infância sofria com asma.
Os lugares mais afetados nela, são coxas e glúteos.
Já foram vários medicamentos, pomadas e a cada dia uma luta para manter a pele hidratada. Recentemente fizemos um tratamento com vacina sublingual, mas como não deu o resultado esperado, paramos.
Agora estamos tratando com medicamentos específicos na crise , e também diariamente um tratamento homeopático.
Sempre que tiver informações sobre o assunto, irei postar e podemos trocar ideias e experiencias, só quem tem uma pessoa próxima sabe o quão difícil é essa realidade.
O que é dermatite atópica?
É um dos tipos mais comuns de alergia cutânea caracterizada por eczema atópico. É uma doença genética, crônica e que apresenta pele seca, erupções que coçam e crostas. Seu surgimento é mais comum nas dobras dos braços e da parte de trás dos joelhos. Não é uma doença contagiosa. Podem-se tocar as lesões à vontade que não há nenhum risco de transmissão.
A dermatite atópica pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de dermatite atópica podem incluir: alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a animais; contato com materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; infecções; estresse emocional e certos alimentos.
Sintomas dermatite atópica
A característica principal da doença é uma pele muito seca com prurido importante que leva a ferimentos, além de outros sintomas, como, por exemplo: áreas esfoladas causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele ao redor das bolhas, áreas espessas ou parecidas com couro, que podem surgir após irritação e coceira prolongadas.
Geralmente, trata-se de um quadro inflamatório da pele que vai e volta, podendo haver intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra. O eczema pode provocar comichão intensa, e o ato de coçar a lesão pode deixá-la ainda mais irritada e pruriginosa. A coceira pode levar a lesões da pele pela unha, o que facilita a invasão e contaminação das feridas por bactérias, principalmente o Staphylococcus aureus.
O quadro clínico da dermatite atópica muda conforme a fase da doença. Pode ser divido em três estágios:
– Fase infantil (3 meses a 2 anos de idade).
– Fase pré-puberal (2 a 12 anos de idade).
– Fase adulta (a partir de 12 anos de idade).
Tratamento dermatite atópica
O objetivo do tratamento da dermatite atópica visa o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. Devido à pele ressecada, a base do tratamento é o uso de emolientes, também chamados de hidratantes. Isso porque a hidratação da pele é necessária para aliviar o eczema. Pacientes devem ser orientados a aplicar esses produtos várias vezes ao dia, ou quando a pele estiver muito seca.
Outro fator importante é fortalecer a barreira da pele, evitando o contato com alérgenos ambientais, como poeira, pólen, sabonetes com perfume, produtos de limpeza doméstica e tabaco.
Banhos quentes devem ser totalmente evitados. O ideal é tomar duchas frias ou mornas, pois a água quente resseca ainda mais a pele, que já é seca na dermatite atópica. Também se deve usar sabonetes especiais, sintéticos, antirressecamento, respeitando o pH da pele.
O uso de anti-histamínicos por via oral pode ajudar com a coceira que acompanha essa doença. Alguns podem causar sonolência, mas ajudam a sedar o paciente e a diminuir a coceira durante o sono. O médico verificará se há opções de medicações que não proporcionem esse efeito colateral, se for do desejo do paciente.
A maioria das causas do problema é tratada com medicamentos tópicos, que são colocados diretamente sobre a pele ou no couro cabeludo do paciente. Normalmente, é empregado um creme ou uma pomada de cortisona (ou esteroide). Esse medicamento deve ser de uso restrito, devido aos seus efeitos colaterais. Em algumas situações, é necessário cremes com diferentes concentrações de esteroide para diferentes áreas da pele. Como poupadores dos corticoides, podem ser empregados os derivados da calcineurina.
A fototerapia, tratamento com raios ultravioleta, é bastante eficaz no controle do eczema. Porém, trata-se de uma terapia cara, que aumenta o risco de câncer de pele e provoca envelhecimento precoce, motivo pelo qual costuma ficar restrita apenas aos casos especiais e de difícil controle.
Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de medicações orais, incluindo corticoides, imunossupressores, como ciclosporina e metotrexate orais, entre outros. Já em casos de complicações, como infecções secundárias, é indicado o uso de antibióticos. Esses pacientes especiais necessitam de atendimento com vários especialistas porque, geralmente, também apresentam associações com asma, rinite, sinusite e até pneumonias de repetição.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. É preciso seguir à risca as orientações e jamais se automedicar. Também não se deve interromper o uso do medicamento sem consultar o médico antes e, tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita. O correto é sempre seguir as instruções na bula e do médico.
Prevenção dermatite atópica
Fortalecer a barreira da pele e usar hidratantes específicos para pele muito seca.
É válido lembrar que o médico responsável por cuidar da pele de um paciente com dermatite atópica é o dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o diagnóstico e tratamento dessa doença. Procure um médico associado à Sociedade Brasileira de Dermatologia: www.sbd.org.br