A cantora e dançarina guineana junto ao marido, musicoterapeuta e percussionista brasileiro Luis Kinugawa, levam ao programa Fim de Semana em Família do instituto a Vivência África Viva para Crianças: Cantos, Ritmos e Danças da Guiné, com conversas com vídeos, instrumentos, artesanato, exercícios rítmicos e passos de dança
Identidade, cidadania e respeito pela diversidade são as questões abordadas pela Vivência África Viva para Crianças: Cantos, Ritmos e Danças da Guiné, que acontece nos dias 7 e 8 de novembro, às 14h, no Fim de Semana em Família do Itaú Cultural. Comandado pela cantora e bailarina guineana Fanta Konatê e o musicoterapeuta e percussionista brasileiro Luis Kinugawa, o encontro visa introduzir os participantes na cultura da República da Guiné por meio da dança e da música. A atividade ainda conta com a participação do grupo de percussão Djembedon.
As crianças e os pais são convidados a experimentar a dança, o canto e a música africana dos contextos das aldeias, sem o objetivo técnico ou estético que procuram os bailarinos. Vivência África promove a integração das pessoas, em um contexto alegre e divertido, no qual o público aprende uma pequena canção, a base rítmica com as palmas e alguns passos de danças tradicionais.
Antes disso, para o público se familiarizar com o assunto, Fanta e Kinuagawa realizam conversa com vídeos, instrumentos e artesanato. Com os audiovisuais, o casal fala sobre a formação do Império Mandinga, no século 13, a história de Sundjata Keita – Imperador do Kasao –, os Clãs e suas ocupações, os Griôs – contadores de histórias –, os contextos de música e dança, instrumentos do Império, a independência da Guiné até os dias atuais. Durante o bate-papo, se alguém tiver qualquer dúvida ou curiosidade é só perguntar. Em seguida é feito um aquecimento corporal para partir para a brincadeira.
A dança é um elemento essencial na cultura da Guiné Conakry, terra natal de Fanta. Ela está presente em todos os momentos da vida do indivíduo, desde a gestação até a idade adulta. Aborda a fertilidade, o batismo, o trabalho no campo, o casamento e ritos de passagem. São esses os contextos tratados pelos fundadores do Instituto África Viva na atividade, oferecendo uma experiência lúdica, corporal e integrativa sobre o modo de viver nessa região da África. A partir desse momento de descontração, os participantes voltam para casa conhecendo melhor a cultura do Oeste Africano e a Diáspora há 13 anos no Brasil.
Fanta Konatê
Cantora, bailarina e coreógrafa, filha do percussionista Famoudou Konatê da Guiné Conakry, especializada em danças tradicionais e contemporâneas do Oeste Africano. Trabalhou com diversos Balés de Conakry e domina a cultura das aldeias Malinkês da região do Hamaná desde que nasceu. Na ONG Médicos Sem Fronteiras trabalhou com a Biomúsica com adolescentes e ensinou dança a refugiados da Serra Leoa em campos de refugiados nas florestas da Guiné, para promover a reinserção social. Lançou seu primeiro CD Djubafedeá, em 2007, pela Pôr do Som. Com ele, promove o intercâmbio cultural associado ao desenvolvimento sustentável em shows e oficinas no Brasil, Japão, Polônia, Suécia, EUA, Chile, Argentina e Guiné. Está construindo um Centro de Desenvolvimento Humano da Cultura Mandén na Guiné e expandindo a Rede África Viva de Desenvolvimento Sustentável no Brasil, celebrando 13 anos de carreira internacional.
Luis Kinugawa
Musicoterapeuta, percussionista, diretor do Instituto África Viva e criador do trabalho humanitário Biomúsica. Morou dois anos na África pesquisando a cultura Malinkê e trabalhou com ONGs internacionais como Warchild, Enfants Refugiees du Monde e Médicos Sem Fronteiras, com adolescentes de rua, refugiados de guerra e crianças ex-combatentes.
Grupo de Percussão Djembedon
Significa As Danças do Djembê, em Malinkê – arte tradicional e etnia que pertence ao tronco Mandinga, e Djembê, que significa tambor. Logo, Djembedon é: As Danças do Tambor. Foi criado para acompanhar Fanta Konatê, há 13 anos.
Fim de Semana em Família
Vivência África Viva para Crianças: Cantos, Ritmos e Danças da Guiné
Dias 7 e 8 de novembro às 14h
Entrada franca
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1776/1777
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