Baseada no livro homônimo do cartunista Michele Iacocca, a premiada opereta do grupo Maracujá Laboratório de Artes conta a história de Nerina, uma ovelha que é expulsa do rebanho apenas por ter a cor diferente das outras. Abordando a temática do preconceito racial através da atuação, música, manipulação de bonecos e recursos visuais, “Nerina, a Ovelha Negra” voltaria a ser apresentada presencialmente em São Paulo em 30 CEUs (Centros Unificados de Ensino) e cinco teatros distritais da capital. No entanto, a quarentena imposta pela pandemia do COVID -19 obrigou o grupo a adaptar o projeto para o formato online.
A ação, batizada de “Circulação Nerina, a Ovelha Negra”, teve inicio de forma remota no último dia 9 de novembro através da oficina “Laboratório de Artes Maracujá”. O workshop, que segue até 11 de dezembro, desenvolve diferentes técnicas experimentadas pela companhia em seus 15 anos de atividades como o teatro de sombras, stop motion, confecção de bonecos com sobras de materiais e o live animation com puppet toys (uma técnica onde bonecos em miniatura são manipulados em frente a câmeras e projetos ao vivo como em uma espécie de cinema feito ao vivo).
A segunda fase do projeto consiste em 10 apresentações em vídeo seguidos de bate-papos com os criativos em plataformas de streaming. A iniciativa visa, além da exibição do premiado musical, propor um debate sobre assuntos envolvendo preconceito e inclusão social. Confira a agenda completa abaixo:
21/11 (apresentação vinculada ao Teatro Flávio Império)
11h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
11h50 – bate-papo com o autor Michele Iacocca
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes
21/11 (apresentação vinculada ao Centro de Culturas Negras)
16h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
16h50 – bate-papo: Jovens artistas pretos e a representatividade negra na arte.
Com os atores: Bia Sabiá, Eder dos Anjos, Renan Vinícius e Yasmin Olí.
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes
No bate-papo, os jovens atores Bia Sabiá, Eder dos Anjos, Renan Vinícius e Yasmin Olí, que trabalham no Maracujá Laboratório de Artes e desenvolvem diversas outras ações na área cultural, irão debater sobre sua própria trajetória artística e a importância da representatividade negra na área cultural para a quebra de preconceitos.
22/11 (apresentação vinculada ao Teatro Flávio Império)
11h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
11h50 – bate-papo com o diretor Sidnei Caria
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes
22/11 (apresentação vinculada ao Centro de Culturas Negras)
16h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
16h50 – bate-papo: O futuro dos baobás – a representatividade negra no teatro para crianças e jovens.
Convidados: Jefferson Brito e Rita Teles, da Cia Colhendo Contos e Diáspora Negra, com o ator Eder dos Anjos, do Coletivo dos Anjos e Maracujá Laboratório de Artes, realizando a mediação.
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes
28/11 (apresentação vinculada ao Centro Cultural da Penha)
16h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
16h50 – bate-papo com a diretora musical Fernanda Maia
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
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29/11 (apresentação vinculada ao Centro Cultural da Penha)
16h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
16h50 – bate-papo com o elenco do espetáculo Nerina – a ovelha negra: Bia Sabiá, Camila Ivo, Lucas Luciano, Piva Silva, Sidnei Caria, Silas Caria e Yasmin Olí.
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No bate papo, elenco irá conversar sobre o processo de criação do espetáculo Nerina – a ovelha negra e de outros trabalhos do Maracujá Laboratório de Artes, na perspectiva do ator.
05/12 (apresentação vinculada ao Centro Cultural da Vila Formosa)
18h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
18h50 – bate-papo com a iluminadora e cenógrafa Marisa Bentivegna
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
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https://www.facebook.com/ccvilaformosa
Sobre a convidada:
Iluminadora e cenógrafa paulistana, estreou no Teatro profissional em 1990. Formada na FAAP – em Publicidade e Propaganda e na Escola de Belas Artes de São Paulo no curso de Desenho Industrial. É integrante da Cia Hiato, dirigida por Leonardo Moreira, como cenógrafa e iluminadora, e no ano de 2015 teve um cenário criado para esta companhia para o espetáculo O JARDIM, selecionado para representar o Brasil na Quadrienal de Praga na República Tcheca. Também é integrante da Banda Mirim como diretora técnica, cenógrafa e iluminadora desde 2004. Tem ainda como parceiros de criação os diretores Cristiane Paoli Quito, Rafael Gomes e.Kiko Marques entre outros Atua em teatro, dança, exposições e shows musicais, tendo trabalhado em mais de 20 .países na última década. É cenógrafa convidada do Teatr Studio de Varsóvia Recebeu diversos prêmios individuais. Alguns deles: SHELL 1992 e APCA 1992 pela iluminação de O PARAÍSO PERDIDO do Teatro da Vertigem; SHELL 2010 pelo cenário de ESCURO da cia Hiato; SHELL 2011 pelo cenário de O JARDIM da Cia Hiato; APCA 2017 e Prêmio São Paulo 2017 pela cenografia e desenho de luz de Gagá, Buda e Skellig; APCA 2017 pela iluminação de Nerina – a ovelha negra.
06/12 (apresentação vinculada ao Centro Cultural da Vila Formosa)
18h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
18h50 – bate-papo com os técnicos de som e luz do espetáculo Nerina – a ovelha negra: Aragonesco, Fernando Cavalcante, Lays Somogyi, Mauricio Mateus e Rosely Marttinely.
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No bate-papo, os técnicos irão conversar sobre aspectos relacionados ao trabalho na técnica teatral e os problemas enfrentados pela categoria durante a pandemia.
12/12 (apresentação vinculada ao Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso)
16h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
16h50 – bate-papo: Processos de criação no teatro para todas as idades – com Anie Welter (Cia Noz de Teatro, Dança e Animação), Cris Lozano (Cia La Leche), Guto Togniazzolo (multiartista, atuante em vários grupos teatrais) e Jackie Obrigon (Cia Bendita)
Local de transmissão: https://www.facebook.com/maracujaartes
https://www.youtube.com/c/maracujalaboratoriodeartes
https://www.facebook.com/ccjuventude
Sobre os convidados:
No bate-papo os convidados, todos veteranos do teatro para todas as idades, irão debater sobre os processos criativos que desenvolvem em seus grupos, em espetáculos para crianças e jovens.
13/12 (apresentação vinculada ao Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso)
16h – vídeo do espetáculo Nerina – a ovelha negra
16h50 – bate-papo com integrantes do MOTIJ (Movimento do Teatro para as Infâncias e Juventude): Gira de Oliveira, José Geraldo Rocha e Rodrigo Andrade .
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Obs.: Mais datas de apresentações e bate-papos serão divulgadas em breve
Uma terceira fase do projeto ainda está em preparação e envolve a produção e distribuição de CDs com músicas peça, DVDs da apresentação e uma publicação impressa com material para promover a mediação pedagógica entre professores e alunos da rede pública. Mais informações sobre essas iniciativas serão divulgadas em breve.
Mais informações sobre “Nerina, a Ovelha Negra”
“Educar para a igualdade racial é tarefa urgente e imprescindível para a construção da sociedade de amanhã.” História e Cultura Africana e Afro-Brasileira na Educação Infantil, 2014
Baseada no livro homônimo do cartunista Michele Iacocca, a premiada opereta com bonecos e atores do Maracujá Laboratório de Artes conta a história de Nerina, uma ovelha que é expulsa do rebanho só por ter uma cor diferente. Ao ir embora sozinha, ela acaba encontrando alguns lobos, que propõem usá-la como isca para atrair e devorar as ovelhas que a expulsaram, como forma de vingança. Mas Nerina vai provar que o ódio nunca é o melhor caminho, tomando uma decisão que mudará a vida de todas.
O espetáculo, voltado para o público de todas as idades, tem como tema o racismo, que ainda persiste em existir em nossa sociedade, sendo urgente o desenvolvimento de ações que contribuam para reeducar o olhar de todos para mudar esta situação. Levar o tema ao teatro, portanto, foi a forma que o grupo encontrou para tentar fazer sua parte nesta luta.
O espetáculo retoma a pesquisa sobre plasticidade visual na cena, utilizando o teatro físico e vídeo-cenários com puppet toys (que reproduzem os ambientes mostrados nas ilustrações do livro).
Todas as músicas foram compostas pelo autor do livro, Michele Iacocca, e pelo diretor do espetáculo e também do Maracujá Laboratório de Artes, Sidnei Caria. Para os arranjos, foi chamada a diretora musical Fernanda Maia (de “Urinal – o musical”, “Carrossel – o musical”, “Chaves – um tributo musical”, entre outros), que propôs brincar com as diferenças culturais trazidas pelas culturas negra e caucasiana e seus desdobramentos, com referências a música clássica europeia, o reggae, o blues e misturas sonoras como o samba, a bossa nova e o choro, que revelam musicalmente nossa miscigenação cultural.
São reconhecíveis clássicos da música erudita, como a valsa Danúbio Azul, de Strauss, a Nona Sinfonia de Beethoven, a Aleluia de Hendel, entre outras, em arranjos para violão executados pelo próprio elenco, que também utiliza o teclado, trombone de vara, caxixi e agogô em cena.