Com o cenário todo estruturado em bambus, eles encenam as sete viagens do aventureiro Simbad. Juntos, eles manipulam estruturas de bambu que dão suporte para as acrobacias e ajudam a transformá-las em barcos, baleias, ilhas e pássaros gigantescos para narrar as viagens do marujo.
Tal qual a rainha Sherazade, que contou belíssimas histórias para o rei Xariar durante mil e uma noites, dois palhaços contadores de histórias compartilham com o público as aventuras do
marujo Simbad, aventureiro que desbravou os mares em busca de riquezas e desafios. A lenda já teve adaptações para o teatro, cinema (em formato de animação e live-action) e quadrinhos.
Para adaptar a famosa história do marujo Simbad, foi utilizada a versão de Mamede Mustafa Jarouche, pesquisador, tradutor e professor universitário da USP, que fez a primeira tradução direta do clássico árabe Mil e Uma Noites para o português. Em sua recriação, o Circo Mínimo manteve o arquétipo peculiar de Simbad. “Ele tem uma paixão pelo desconhecido e não consegue ficar quieto. Simbad está em um lugar e, quando o dinheiro acaba ou quando está entediado, já vai para outro”, conta Rodrigo.
Nos contos originais, Simbad é dividido por duas facetas que representam a dualidade do ser humano. Nesta adaptação, os dois personagens são palhaços contadores de histórias que pretendem encenar as aventuras vividas por ele. O personagem de Rodrigo Matheus é o tipo mais inteligente e astuto, sempre disposto a ludibriar a sua dupla. Ele quer interpretar Simbad o tempo inteiro e engana o parceiro para que ele nunca tenha a oportunidade de assumir esse papel. Assim, o palhaço feito por Ronaldo Aguiar fica com a representação das bestas, selvagens e da esposa do marujo, mesmo sempre sonhando em ser o herói, motivação que o move durante o espetáculo.
Além da presença cênica dos atores, o cenário chama a atenção pelos bambus. Há uma estrutura piramidal com 4m de altura baseada nas criações de Marcelo Rio Branco, que desde 1999 preside o Sistema Integral Bambu, projeto que trabalha o seu uso desde as concepções corpóreas, como o trabalho de ergonomia e equilíbrio; as psíquicas, como a simbologia da planta; e sociais, como econômica, estética e plástica. “Conheci o trabalho do Marcelo por meio do grupo Nós no Bambu, de Brasília”, conta Rodrigo a respeito da inspiração para Simbad, o Navegante.
A equipe brasiliense é caracterizada pela criação de espetáculos de danças acrobáticas sobre esculturas artesanais da planta.
Simbad, o Navegante. Sob a manipulação dos artistas, os bambus que repousam em uma carroça se tornam barcos, baleias, armas, pássaros e serpentes. O desafio cenográfico da diretora foi o de mesclar a sua linguagem autoral a um cenário já concebido. Segundo ela, a simplicidade do espetáculo proporciona uma liberdade de criação grande. “O legal é que o público cria a peça. Nós somos apenas provocadores da criatividade dele. As crianças vão enlouquecer com tudo que é mostrado no palco pelos artistas”, conclui.
As peças Orgulho, Moby Dick, Alados, Ladrão de Frutas, Gravidade Zero, História de Pescador, Babel são outras produções da Cia. Comemorando 15 anos em 2003, montou o primeiro
Espetáculo infantil Simbad, O Navegante.
Estreia dia 11 de maio, sábado e domingo, às 17h30, na Sala B do Teatro Alfa.
Temporada de 11 de Maio a 30 de Junho.
Duração: 60 minutos. Classificação: Livre. Recomendado para crianças a partir de 5 anos.
Ingressos[ R$ 40 (inteira para adultos) e R$ 20 (meia para crianças, estudantes e maiores de 60 anos).
Grupo Alfa: 50% de desconto funcionários devidamente identificados. Banco Alfa: 20% de desconto para clientes devidamente identificados. Assinantes do teatro Alfa: 10% de desconto.
Taxa de serviço de R$ 5,00 por ingresso adquirido para Sala A e R$ 2,00 para Sala B. Call Center Ingresso Rápido: (11) 4003-1212. Desconto de 50% para clientes Porto Seguro e acompanhantes.
Teatro Alfa
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000. Site: www.teatroalfa.com.br Ingresso rápido ou pelos telefones: 11 5693-4000 | 0300 789-3377.
Acessibilidade – motora e visual.