A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça o alerta a respeito do retinoblastoma, câncer ocular que mais afeta crianças abaixo de cinco anos de idade. O principal sinal da doença é o reflexo do olho de gato, aspecto esbranquiçado que se vê através da pupila e que pode ser observado em fotos com flash em um ou em ambos os olhos.
Setembro é o mês de combate ao câncer infantojuvenil. “É preciso fortalecer o movimento em prol do diagnóstico precoce de crianças com retinoblastoma. Ele é de suma importância para dar acesso a centros especializados, onde, quanto mais cedo elas chegarem, maiores serão as chances de cura e preservação do olho”, explica o Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho, oncologista pediátrico e presidente da SOBOPE.
O especialista lembra que é essencial manter-se atento aos olhos dos pequenos: “Observem as pupilas. Aquele reflexo branco é um sinal de alerta e não pode ser desvalorizado. A qualquer sinal de que algo não está bem, leve ao oftalmologista e procure centros de referência, porque essa criança pode ter a vida salva e conseguir preservar tanto o olho quanto a visão”.
Originário das células da retina, o retinoblastoma pode comprometer um ou os dois olhos. O segundo sinal mais comum da doença é o estrabismo, quando há um desvio no olhar. “Na maioria dos casos, quando esses sinais são percebidos, o tumor já tem um tamanho considerável. Em estágio avançado, a doença pode causar cegueira e levar à morte. Por isso a mobilização pelo diagnóstico é fundamental”, enfatiza.
De Olho nos Olhinhos
A SOBOPE apoia a campanha nacional “De Olho nos Olhinhos”, idealizada pelos comunicadores Tiago Leifert e Daiana Garbin com o objetivo de conscientizar e alertar sobre o retinoblastoma. No último final de semana foram realizados eventos com atividades para crianças, totem para fotos e informação em diversos shoppings e salas de cinema de pelo menos 36 cidades, entre outras ações.
Sobre a SOBOPE
Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infantojuvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica de forma multiprofissional.